Vejo como as pessoas conseguem mudar, sem pensar, ir na maré, e também percebo como a maré é forte, é dura, é uma queda de cachoeira.
E assim vamos perdendo, perdendo as pessoas que amamos um dia, sentindo saudade de quando a conversa era só sobre os meninos bonitos, sentindo ainda mais falta das bíblias no intervalo.
Só assim percebo como é triste absorver aprendizados vãos, aprendizados que você ouviu, mas quem falou tapou os ouvidos, e assim relembra dos diálogos, dos julgamentos e de tantas outras mil coisas que aconteceu e se pergunta: Eu sou a culpada de tudo isso? Se eu tivesse ficado próxima, teria acontecido? Mas eu acredito que o que é pra acontecer acontece, não tenho o poder de fortalecer a mente de ninguém.
Ah, se elas soubessem o quanto eu sinto saudade, se eles tivessem noção que o que estão fazendo não os levam a lugar nenhum, se todos sentissem o aperto do meu peito, eu conseguiria transmitir o meu amor.
Mas é isso, talvez eu tenha mudado demais, e isso seja um peso muito grande, a ignorância as vezes é uma dádiva pra nos poupar da dor do conhecimento, é por isso o aconchego nos braços de Deus.